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Bolsonaro é preso pela PF após ordem de Alexandre de Moraes

Ex-presidente foi detido preventivamente em Brasília; decisão cita risco à ordem pública e vigília convocada por Flávio Bolsonaro

A Polícia Federal prendeu preventivamente o ex-presidente Jair Bolsonaro neste sábado, em Brasília, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão citou risco à ordem pública e mencionou a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro para a noite de hoje no condomínio onde o ex-presidente mora. Bolsonaro já está na Superintendência da PF no Distrito Federal.

A prisão preventiva não tem relação com a condenação por tentativa de golpe de Estado, que ainda não transitou em julgado. Moraes ordenou que a corporação cumprisse o mandado sem algemas e sem exposição midiática. Em nota, a PF informou que executou a decisão conforme determinação do STF.

A medida ocorre após a prisão preventiva do deputado Alexandre Ramagem, também condenado pela trama golpista e que deixou o país rumo aos Estados Unidos. Moraes entendeu que o cenário aumentou o risco de interferências nas investigações e justificou a necessidade da prisão de Bolsonaro.

Condenação por tentativa de golpe

Em setembro, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático, organização criminosa, dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O colegiado o classificou como líder político e intelectual do grupo que tentou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As provas incluem a minuta de decreto golpista apresentada a comandantes militares, relatos de pressão sobre as Forças Armadas e documentos como o “Punhal Verde e Amarelo”, que detalhava planos contra Lula, o vice Geraldo Alckmin e o próprio Moraes. A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid reforçou a acusação.

Defesa do ex-presidente

Bolsonaro admitiu que discutiu alternativas ao resultado eleitoral com comandantes militares, mas alegou ao STF que tratou apenas de instrumentos previstos na Constituição, como estado de defesa e estado de sítio. A defesa sustenta que as conversas não configuram crime e que, no máximo, representariam atos preparatórios não puníveis.

Os advogados também afirmam que podem recorrer por meio de revisão criminal caso surjam novas provas ou inconsistências na sentença.

Prisão domiciliar e descumprimentos

O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde agosto, em investigação sobre suposta articulação de seu filho Eduardo Bolsonaro para pressionar o STF por meio de sanções do governo Donald Trump. A Justiça decretou a medida após Bolsonaro descumprir cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, restrições de circulação e a proibição de usar redes sociais.

O ChatGPT disse:

A Justiça adotou a prisão domiciliar depois que Bolsonaro participou por telefone de manifestações pró-anistia aos golpistas de 8 de janeiro, com registros divulgados por seus filhos nas redes sociais. Para Moraes, a ação configurou tentativa de burlar as determinações da Corte.

(A estudante de jornalismo Mabily Sangy é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)

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