Uma atitude de coragem terminou em tragédia no litoral do Paraná. O médico psiquiatra Anibal Okamoto Júnior, de 38 anos, morreu afogado no domingo (21), em Matinhos, após salvar as duas filhas que se afogavam no mar. O profissional, que atuava no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Valparaíso de Goiás, entrou na água ao perceber o risco enfrentado pelas crianças em uma área próxima a um espigão.
Após o resgate, as meninas conseguiram sair do mar com segurança pelas rochas. Em seguida, Anibal enfrentou dificuldades para retornar à faixa de areia e acabou sendo puxado pela correnteza. Segundo o Corpo de Bombeiros, o local do acidente não contava com monitoramento de guarda-vidas, o que aumentou o risco da situação.
Enquanto isso, um surfista que estava nas proximidades percebeu o ocorrido e iniciou os primeiros socorros, mantendo o médico flutuando até a chegada das equipes especializadas. Logo depois, o resgate aeromédico levou Anibal de helicóptero para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Praia Grande. Apesar das manobras de reanimação e do atendimento médico, ele não resistiu.
A morte do médico trouxe comoção
A morte do psiquiatra gerou grande comoção em Valparaíso de Goiás e em toda a região do Entorno do Distrito Federal. Em nota, a prefeitura destacou que Anibal dedicou a vida ao cuidado da saúde mental, atuando com profissionalismo, empatia e compromisso com o serviço público. Nas redes sociais, pacientes e colegas de trabalho compartilharam mensagens emocionadas, ressaltando o legado humano deixado pelo médico.
O velório de Anibal Okamoto Júnior ocorrerá nesta quarta-feira (24), no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília. Diante do episódio, as autoridades reforçaram o alerta sobre os riscos de banho em áreas próximas a espigões e pedras, onde as correntes marítimas podem se intensificar e surpreender banhistas, mesmo os mais experientes.
(A estudante de jornalismo Renata Ferraz é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Noticias)
