Política

Waldir diz que já foi gado, mas não dá mais e que “Bolsonaro atende caciques do centrão”

Em entrevista ao UOL, o deputado federal pelo PSL-GO Delegado Waldir criticou o presidente Bolsonaro pela aliança com o centrão, que é o chamado bloco  de partidos  que troca  apoio por cargos no governo. O deputado afirma ainda que essa aproximação de Bolsonaro com o centrão ocorre desde o início do governo, a diferença agora seria que o presidente estaria negociando direto com os chefes dos partidos, diz Waldir.

Neste sábado (dois de maio),  Waldir publicou em suas redes um vídeo em que bolsonaristas discutem com defensores de Sergio Moro, à frente da Polícia Federal, em Curitiba, enquanto o ex-juiz e ex-ministro prestava depoimento sobre as acusações que fez ao presidente e escreveu:

“Centrão assistindo de camarote? Comemorando com champanhe? Os cargos e Bolsonaro de joellhos? Voltando às origens”.

O deputado vem se referindo aos apoiadores de Bolsonaro como “gado”:

“Eu fui ‘gado’, mas não tenho como defender, hoje, Queiroz, Valdemar da Costa Neto, rachadinha”. Agora, na verdade, a aliança é com partidos políticos do centrão. Ele está dando cargos para os presidentes dos partidos. Ele está dando cargo não é para os índios, não — os deputados são índio — ele está dando cargos para os caciques. Agora que está distribuindo o filé mignon”. 

Para dar um exemplo de que Bolsonaro faz  a velha política do toma lá, dá cá, o deputado cita um caso que ocorre em Goiás, segundo  ele:

“Vou pegar Goiás [como exemplo]. O Professor Alcides [deputado federal, PP-GO], qual cargo que ele tem? O indicado dele comanda o Iphan em Goiás. Quem comanda cada superintendência? DNIT, Ibama, Incra. Se pegar no Brasil todo, desde o início da gestão, ele fez aliança com partidos do centrão. Dependia do relacionamento que você tinha com o Flávio [Bolsonaro], ou com o presidente ou com o ministro”.

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