O presidente Jair Bolsonaro reconduziu nesta sexta-feira (15 de maio) o ex-ministro Carlos Marun (MDB) para o cargo de conselheiro da Itaipu Binacional. Marun foi ministro do governo do presidente Michel Temer e foi o maior aliado do ex-presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha, que está preso por corrupção.
Esta aproximação de Bolsonaro com caciques do Centrão e da velha política, conhecidos pela política do toma lá dá cá, dá-se pela preocupação do presidente de um possível processo de impeachment ser aberto. São preciso 342 votos para ser aprovado o processo.
De acordo com o ministro Onyx Lorenzoni, Bolsonaro fez um compromisso com o presidente Temer para manter Carlos Marun no governo. Também quem assumiu um cargo de conselheiro, nomeado por Bolsonaro, foi José Carlos Aleluia, que apareceu na lista de propina da Odebrecht. Ele era suspeito de receber R$ 300 mil, via caixa 2, nas eleições de 2010, além de doação legal de R$ 280 mil nas eleições de 2014, segundo inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato à época no Supremo Tribunal Federal (STF).
