Em uma sessão virtual, no Supremo Tribunal Federal, o deputado federal Paulinho da Força (SD), do Centrão, foi condenado a 10 anos e 2 meses de prisão por desvio de verbas públicas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além da prisão, que a princípio deve ser cumprida em regime fechado, Paulinho também perdeu seu mandato e foi impedido de exercer função pública.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República diz que Paulinho foi beneficiado de um esquema de desvios em contratos de R$ 130 milhões e R$ 220 milhões do BNDES com a prefeitura de Praia Grande, em São Paulo, e as lojas Marisa. O ministro Luís Roberto Barroso avaliou em seu voto que os argumentos da defesa não eram suficientes para convencê-lo que Paulinho era inocente:
“o conjunto robusto de provas existentes nos autos me leva a concluir que, mais do que coincidências, há elementos suficientes para negar qualquer credibilidade à versão defensiva.”
Além de Barroso, os ministros Luiz Fux e Rosa Weber votaram contra o parlamentar, enquanto Alexandre de Moraes e Marco Aurélio de Mello votaram a favor. A defesa do deputado informou que recorrerá da decisão ao Plenário do STF.
