A família e amigos de Gabriel dos Santos Silva, de 23 anos, protestaram neste sábado (12 de junho), em frente à Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, em Salvador, após ele ser preso suspeito de roubar um carro. De acordo com a família de Gabriel, o jovem foi preso confundido por ter as mesmas características de um dos criminosos. preto, cabelo loiro e tatuado.
Ainda segundo a família, Gabriel trabalha como estoquista em uma loja de eletrodoméstico e não tem passagem pela polícia. Gabriel foi preso quando estava na frente de uma agência da Caixa Econômica Federal para pagar uma conta, na sexta-feira (12 de junho).
O marido da vítima teria confundido Gabriel com um dos bandidos e acionou a polícia, que o prendeu e o levou à Polícia Civil. A defesa de Gabriel diz também que ele estava no celular no momento em que foi encontrado pela polícia e, por isso, foi confundido com o homem que receberia o dinheiro do resgate do veículo, amigos também confirmaram esta versão:
“O Gabriel não tem nada a ver com isso. Ele foi preso por engano, porque segundo o marido da vítima, tinha características iguais ao suspeito, negro, cabelo loiro e tatuado. Não tinha nada no celular dele que comprove o crime, ele não sabe dirigir e as testemunhas que estavam no local não o reconheceram como o suspeito.”
Os familiares de Gabriel dizem também que Gabriel pintou o cabelo de loiro na quinta-feira (11 de junho), ou seja, um dia depois do crime, no CAB. O grupo também reclama que o estoquista, que está preso na Central de Flagrantes, não teve contato com a família e nem com os advogados que cuidam do caso:
“O mais estranho é que o juiz decretou a prisão preventiva dele e a audiência de custódia só vai acontecer na segunda, porque disseram que não está tendo audiências nos fins de semana. Ele foi preso sem ter cometido o crime.”
Na manhã deste domingo, a justiça da Bahia expediu uma liminar de soltura para Gabriel.
