Flávio Coutinho: “Governador está tentando deter a pressão dos desesperados para salvar vidas”
Por Flávio Coutinho
Governador está tentando deter a pressão dos desesperados para salvar vidas e, consequentemente, salvar o Estado, e deve decretar restrições à economia amanhã.
Medida extrema repetida com uns 4 meses de pandemia, mas novamente necessária: a curva acelerou muito.
O presidente não tomou iniciativas de lockdown, não fechou fronteiras, não proibiu voos internacionais, não fechou BRs, não comprou testes, não testou viajantes, quando o Ministério da Saúde recomendou medidas sobre a doença em Fevereiro. Todas essas recomendações foram ignoradas e ATÉ HOJE nenhuma foi implementada.
E ao contrário do que o genocida manda o gado espalhar, o Presidente da República é o ÚNICO que pode fazer isso, não é prefeito nem governador. Estes últimos só podem atuar dentro do Estado e Município desde que não sejam de competência federal.
O desespero vem da sobrevivência: o comércio não recebeu ajuda do governo federal, mais de 40 milhões de pedidos do auxílio emergencial foram negados, empréstimos para empresas feitos em março ainda não saíram. Com esse estrangulamento, Bolsonaro força o retorno prematuro e genocida da atividade econômica.
Soma-se a isto tudo a sabotagem ao distanciamento social, o eufemismo “gripezinha”, a taxação de preguiçoso para quem faz isolamento, o falso pânico do caos social, a minúscula estimativa de oitocentos mortos (com milhares na Itália), a insistência em não usar máscara, o incentivo as aglomerações. Deixa evidente que o Presidente, pelo menos, não se importa que as pessoas fiquem doentes, isso se não quer na verdade a propagação da doença.
Ou você já ouviu do Presidente uma frase semelhante a “Nação brasileira, o momento é grave, mas vamos vencer se nos unirmos para derrotar o vírus, cada um fazendo sua parte!!”?
Então, se o Presidente não quisesse todo mundo contaminado e ajudasse o comércio, as pessoas, incentivasse a luta, dava fazer fazer lockdown desde MARÇO ATÉ MAIO e já estaríamos livres desse vírus.
Mas, como já falaram, fica difícil enfrentar o VÍRUS com um “VERME” na presidência.
No mais vamos continuar fazendo distanciamento, usando máscaras, só saindo se necessário, ou seja, a nossa parte, e rezar muito para Deus.
(O artigo é uma opinião do autor, não do site O Canedense)