Deputados aceitam pedido de impeachment do governador de Santa Catarina do PSL
Os deputados estaduais de Santa Catarina votaram, nesta quinta-feira (17 de setembro) a favor do prosseguimento do pedido de impeachment contra o governador do estado, Carlos Moisés (PSL), e também da vice-governadora Daniela Reinehr.
Em sessão extraordinária os parlamentares em expressiva maioria decidiram votar a favor do pedido contra o governador, foram 33 votos a favor, 6 contra e uma abstenção. De acordo com o regulamento da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o governador ainda não será afastado, ainda há um procedimento a ser seguido até esta saída do chefe do Executivo catarinense.
Já na votação em relação ao pedido da vice-governadora, a sessão ocorreu em outro horário, os votos foram 32 a favor, 7 não e uma abstenção. No caso da vice, também não há um afastamento automático, ainda haverá seguimento a um procedimento para que ocorra de fato a retirada dela do governo.
Após as duas votações a favor do andamento do impeachment de ambos, o próximo passo é a Alesc montar uma comissão com cinco desembargadores do estado e cinco deputados para uma nova votação. O governador e a vice são acusados de terem cometido crime de responsabilidade. Sendo afastados, o presidente da Alesc, deputado Julio Garcia, assume o governo e se o procedimento for finalizado ainda este ano, novas eleições ocorrerão em Santa Catarina.
Em nota, o governador afirmou que lamenta a decisão da Alesc:
“A pressa com a qual o presidente do Parlamento estadual levou o tema a plenário revela tão somente os interesses políticos daqueles que buscam o poder para fins pessoais e não respeitam o voto dos catarinenses, atentando contra a democracia.”
Já a defesa da vice-governadora disse que há um ressentimento do parlamento contra o governador:
“O que ficou muito claro é um ressentimento enorme do parlamento em relação ao governador. Muitos deputados falaram nisso, que não foram atendidos, ele [Moisés] esteve em suas regiões e não os convidou, muitas queixas da forma como foram tratados. Do crime de responsabilidade mesmo, ninguém falou. Estamos muito certos e convictos de que ela não cometeu crime algum que justificasse impeachment.”