Com imunidade parlamentar, deputada responderá em liberdade pela morte do marido

A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpre na manhã desta segunda-feira (24 de agosto) 9 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão contra acusados da morte do pastor Anderson do Carmo de Souza. Entre os acusados, a pastora e deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) foi indiciada por ser suspeita de ser a mandante do crime contra o marido.
A Operação Lucas 12 foi realizada em endereços ligados à família em Niterói, São Gonçalo, Rio de Janeiro e em Brasília. Filhos biológicos e adotivos do casal foram alvos da ação da polícia, além da própria deputada. As investigações apontam que o motivo do crime teria sido a disputa pelo poder financeiro da família, já que o pastor Anderson é que ficava responsável por esta parte — o que incomodava, segundo a polícia, a deputada.
Anderson do Carmo foi assassinado em casa em junho de 2019. A deputada Flordelis disse à polícia, à época, que o marido tinha sido vítima de um assalto. Segundo ela, dois homens numa moto tinham seguido o marido quando ele voltava pra casa. Contudo o trabalho da polícia identificou a deputada como mandante, um dos filhos adotivo do casal como a pessoa que conseguiu comprar uma arma e um filho biológico como o executor do crime.
A deputada Flordelis não pode ir presa neste momento devido à sua imunidade parlamentar, que permite a prisão apenas em casos de flagrante e crime inafiançável