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Após ser denunciado de não ter doutorado, ministro é acusado também de plágio

Após ser denunciado  pelo reitor de  uma universidade da Argentina de que não havia feito doutorado, o novo ministro da Educação do Brasil, Carlos Alberto Decotelli, é acusado agora de ter plagiado — copiado e colocado — trecho de um trabalho acadêmico.

De acordo com o professor do Insper Thomas Conti, Decotelli deixa “muitos indícios de plágio na dissertação de mestrado defendida na FGV em 2008”. O professor  publica ainda várias postagens (com prints) de partes da defesa de mestrado de Carlos Alberto que são idênticos aos registros do relatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Banrisul. Thomas disse em sua rede social que não se deve copiar e colar textos de outras  pessoas e não fazer a citação:

“Para quem não tem familiaridade com o mundo acadêmico, embora a dissertação dele seja sobre a governança corporativa do Banrisul, não se copia e cola trechos escritos por outra pessoa sem deixar claro que é uma citação e de onde vem a citação. Ainda mais em trechos longos assim.”

Decotelli, mostra em seu currículo,  que  trabalhou no Banrisul como professor entre os anos de 2004 a 2005, porém o CVM foi elaborado em 2007 e publicado em 2008 sem qualquer referência  ao ministro, como afirma Thomas Conti:

“Tinha tanta coisa parecida entre esse relatório da CVM e a dissertação que eu desisti de achar as partes iguais na mão e joguei em um software de detecção de plágio. Mais de 10% da dissertação de mestrado é cópia idêntica ao relatório da CVM. 4.200 palavras.”

Após  a denúncia do reitor argentino de que Decotelli não tem doutorado e depois  da publicação do professor Thomas sobre o suposto plágio, o ministro não se posicionou até o momento sobre o assunto.

 

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