
Uma professora da rede municipal de Goiânia foi agredida por um aluno de 10 anos durante uma aula de educação física no setor Faiçalville. Diagnosticado com Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), o estudante empurrou a professora, que caiu em uma vala e sofreu ferimentos no braço e no pescoço. O caso aconteceu no último dia 10 de setembro e gerou cobrança por parte da funcionária para que a prefeitura ofereça acompanhamento exclusivo a crianças com transtornos de comportamento.
De acordo com a professora, que pediu para não ser identificada, o menino já apresentava sinais de agitação antes da atividade. Momentos antes da agressão, ele a insultou e precisou ser contido com apoio da coordenação. “Nunca tinha vivido nada parecido em 15 anos de trabalho. Sendo assim, esse aluno precisa de acompanhamento profissional constante, mas isso nunca aconteceu”, desabafou em entrevista ao portal Mais Goiás.
Além disso, a educadora explicou que estava sozinha na quadra no momento do episódio, já que apenas uma professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE) atende três alunos da mesma turma. “É impossível dar conta. Não me sinto segura em sala de aula nessas condições”, acrescentou.
Segundo a docente, mesmo em tratamento e fazendo uso de medicamentos controlados, o estudante tem se mostrado mais agressivo nos últimos meses. Após o empurrão, ele saiu correndo e gritando que “odiava a professora”.
Agora, a profissional cobra providências da Secretaria Municipal de Educação e da prefeitura. Ela defende a criação de equipes específicas para atender estudantes com transtornos de comportamento, como o caso do menino. “Não é só por mim. É por todos os professores e pelos próprios alunos que precisam de suporte adequado”, afirmou.