Cidades

Bebê de 1 ano morre afogado após PM levar o pai da criança, que foi liberado por não ser reconhecido pela vítima

Um bebê de um ano morreu afogado na piscina de sua casa, em Planaltina (GO), na sexta-feira (3 de julho). O pai da criança, Jonas Pereira Gualberto, explicou que seu filho morreu após ele, Jonas, ter  sido  levado pela Polícia Militar  acusado de roubo, porém a vítima não reconheceu Jonas e ele foi liberado.

A PM alegou que Jonas Pereira foi preso por participar de um roubo e que, no momento em que foi levado, outros adultos estavam no local.

O bebê Miguel Tayler Pereira Gualberto foi ainda levado a uma unidade hospitalar, mas não resistiu.

O pai da criança disse que  sua mulher tinha ido ao supermercado e que estava cuidando sozinho dos tês filhos, um de três anos, outro de seis e o bebê que morreu. Neste  momento a PM lhe abordou e o levou, deixando, segunde ele, as crianças  sozinhas  em casa:

“Meus meninos estavam no quarto, assistindo [TV] no começo da casa. No momento que saí no portão para pegar a vassoura, eles [policias] já me algemaram e falaram que eu estava preso. Não me explicaram, não falaram nada. Só colocou a algema e me levaram.”

A mãe da criança, Raifra da Silva,  afirmou que  estava no supermercado e que ainda tentou salvar o filho, mas sem sucesso.

A polícia argumentou que prendeu o homem porque ele era suspeito de um roubo.

Nota da PM

A Polícia Militar do Estado de Goiás informa que ao tomar conhecimento de tal queixa, entrou em contato com o comando de Planaltina, sendo informado que de fato a Polícia Militar realizou a prisão do suspeito pelo crime descrito no artigo 157 do Código Penal (Roubo).

Lamentamos profundamente a morte da criança pelo afogamento, entretanto, diferentemente do que foi descrito pela esposa do detido, no momento da prisão do suspeito estavam presentes na residência familiares, conforme relatado no próprio Registro de Atendimento Integrado, dentre eles a esposa, a irmã e o cunhado, além de seus três filhos.

Mesmo assim, diante desta situação de tamanha comoção, nenhum fato ficará sem a devida e correta apuração, para que não paire duvidas na condução da ocorrência por parte dos policiais nela envolvidos.

 

 

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