O artigo do colunista da Folha de São Paulo Hélio Schwartman, publicado nesta terça-feira (7 de julho), gerou uma enorme polêmica nas redes sociais entre, principalmente, os apoiadores do presidente Bolsonaro. O título do artigo é “Por que torço para que Bolsonaro morra”. Nele, o colunista afirma que a morte de Bolsonaro teria significado acentuado em relação a um presidente que tem minimizado a pandemia do novo coronavírus e “sabotando” medidas para enfrentá-la.
A polêmica chegou ao Ministério da Justiça, pois ministro André Mendonça informou que abrirá inquérito junto à Polícia Federal (PF) para investigar o colunista Hélio Schwartsman. De acordo com Mendonça, entre os “princípios básicos do Estado de Direito”, está a liberdade de expressão da imprensa como “direito fundamental”. No entanto, “tais direitos são limitados pela lei”. O ministro afirma que as declarações feitas na coluna de Schwartsman violam os artigos 31, IV; e 26 da Lei de Segurança Nacional.
Ainda no artigo de Hélio, ele sugere que com a morte de Bolsonaro, baseado em um estudo que ele cita, vidas seriam salvas:
“Isso salvaria vidas? A crer num estudo de pesquisadores da UFABC, da FGV e da USP, cada fala negacionista do presidente se faz seguir de quedas nas taxas de isolamento e de aumentos nos óbitos.”
O jornalista afirma ainda que se Bolsonaro vier a óbito, em decorrência da covid-19, passará uma mensagem a “governantes irresponsáveis” que pensarem em “imitar seu discurso e atitudes, o que presumivelmente pouparia vidas em todo o planeta”. A coluna é encerrada com “Bolsonaro prestaria na morte o serviço que foi incapaz de ofertar em vida”.
