O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou nesta terça-feira (12 de maio) a denúncia contra dois manifestantes apoiadores do presidente Bolsonaro que protestaram na frente da casa do ministro do STF Alexandre de Moraes, em São Paulo. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público contra Antônio Carlos Bronzeri e Jurandir Pereira Alencar por crimes de ameaça, injúria e difamação. Os dois homens estiveram no protesto no dia dois de maio.
Os réus foram presos no mesmo dia e acusados de ameaçar a família do ministro. As ações dos homens foram devido à medida de Alexandre de Moraes de barrar a nomeação de Alexandre Ramagem por Bolsonaro para assumir a direção-geral da Polícia Federal. A promotora do caso, Alexandra Milaré Santos, pediu o agravamento das penas porque o crime teria sido cometido em “estado de calamidade pública”, devido à pandemia do coronavírus:
“Permaneceram por aproximadamente duas horas em via pública, oportunidade em que, utilizando-se de um microfone acoplado a alto-falante em um carro de som, realizaram diversas ameaças à vítima, tais como ‘você e sua família jamais poderão sair nas ruas deste país nem daqui a vinte anos’ e ‘nós iremos defenestrá-los da terra’, bem como pelo fato de possuírem um caixão acoplado em um dos automóveis utilizados, simulando a morte do ofendido”.
O TJ-SP informou que o processo correrá na 22ª Vara Criminal de São Paulo e os réus serão citados para responder às acusações por escrito.
