O presidente Jair Bolsonaro confirmou, via Diário Oficial da União, as escolhas de André Luiz de Almeida Mendonça como novo ministro da Justiça e de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal. As publicações saíram na manhã desta terça-feira.
André Luiz ocupa o lugar do então ministro Sergio Moro, que pediu demissão após acusar o presidente Bolsonaro de interferência nas escolhas do diretor-geral da PF e de superintendentes. E Alexandre Ramagem entra, agora, no lugar de Maurício Valeixo, demitido pelo presidente. O agora ministro da Justiça, André Luiz, era o comandante da Advocacia Geral da União (AGU) e já teve seu nome cogitado para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) após o presidente Bolsonaro dizer que ele era “terrivelmente evangélico”.
Já Alexandre Ramagem era chefe da Agência de Inteligência Brasileira (Abin) e amigo particular dos filhos de Bolsonaro. Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro, é investigado pela PF em um possível envolvimento numa quadrilha acusada de espalhar fake news contra adversários.
O presidente foi questionado por uma internauta sobre o laço de amizade entre seus filhos e Alexandre Ramagem e que por isso ele não devia ser escolhido para o cargo. Bolsonaro respondeu “E daí? Antes de conhecer meus filhos eu conheci o Ramagem. Por isso, deve ser vetado? Devo escolher alguém amigo de quem?”.
