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Dono de distribuidora preso por tráfico mantinha vida de luxo em Goiânia

Proprietário duma distribuidora de bebidas em Goiânia, Baltazar Cabral Júnior foi preso na segunda-feira 21 acusado de chefiar uma quadrilha que trafica cocaína na região metropolitana da capital. De acordo com a Policia Civil, o alto padrão de vida que ele mantinha não era correspondente com sua real situação financeira.

Além de Baltazar, e da esposa dele, que não teve a identidade revelada, a Polícia Civil prendeu outros sete suspeitos de tráfico em Goiânia, São Luiz de Montes Belos e em Brasília (DF). De acordo com o delegado Rhaniel Almeida, titular da Delegacia Estadual de Repressão aos Narcóticos (Denarc), esta é a segunda fase de uma operação que já havia prendido outros sete suspeitos de tráfico no ano passado.

“Nós descobrimos que mesmo após as prisões anteriores, a quadrilha continuava funcionando normalmente, isso porque o líder, Baltazar, continuava em liberdade. Desta vez, porém, conseguimos identificar e retirar de circulação todos os membros, incluindo, além do líder maior, os responsáveis por manter uma central telefônica, os entregadores, os que cuidavam dos laboratórios de refino da droga, e aqueles que atuavam da logística, e na lavagem do dinheiro”, descreveu o policial.

Baltazar e a esposa, ainda segundo o titular da Denarc, moravam em uma mansão de alto luxo, em um condomínio fechado que fica às margens da GO 060, na saída para Trindade, local onde foram presos.

“O padrão de vida deles é totalmente incompatível com a renda obtida na distribuidora de bebidas, e hoje nós já temos provas, materializadas, de que o casal realmente comandava uma rede extremamente organizada de venda de drogas”, concluiu.

Confisco de bens
Além das nove prisões, os agentes da Denarc, que tiveram o apoio do Grupo Tático 3 (GT3), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), apreenderam nesta segunda-feira nove veículos, fecharam um local que era usado como laboratório para o refino de cocaína, e conseguiram, na justiça, o bloqueio de mais de R$ 6,5 milhões em contas, e bens dos investigados. Os nove indiciados responderão por tráfico, e associação.

Segundo a PC, “a divulgação da imagem e identificação do preso que é apontado como líder da organização criminosa foi precedida, nos termos da Lei nº. 13.869/2019, Portaria n.º 547/2021 – PC, fundamentada na possibilidade de surgimento de novas testemunhas e na hipótese de identificação de outros crimes praticados pelo investigado”.

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