O preço do botijão de gás de 13 kg em Goiás terá um aumento de R$ 10 a R$ 12, segundo o Sindicato das Revendedoras da Região Centro-Oeste (Sinergás). O reajuste, que deve elevar o valor para até R$ 140 no consumidor final, é resultado dos leilões mensais promovidos pela Petrobras em parceria com o governo federal desde dezembro de 2024. De acordo com Zenildo Dias do Vale, presidente da entidade, os repasses anteriores foram graduais, mas em maio o ajuste será integral.
Em Goiânia, ainda é possível encontrar botijões por R$ 120, mas a expectativa é que os preços se uniformizem no patamar mais alto nos próximos dias. O aumento reflete a política de preços da Petrobras, que vem elevando os valores mês a mês, com variações entre R$ 1,50 e R$ 3 por botijão. Desta vez, no entanto, o reajuste será sentido de forma mais intensa pela população.
Zenildo criticou a falta de transparência do governo federal e da Petrobras nos aumentos anteriores. “Quem está mandando repassar esse valor não é o Sinergás, mas o governo e a Petrobras, que agiram sem aviso prévio”, afirmou. Ele destacou que, sem o reajuste, as distribuidoras poderiam sair do mercado, mas reconheceu o impacto no orçamento das famílias: “O bolso vai doer na dona de casa”.
O cenário preocupa os consumidores, principalmente em um momento de alta nos preços de outros produtos essenciais. A Petrobras ainda não se pronunciou sobre possíveis medidas para mitigar os efeitos do aumento, que deve pressionar ainda mais a inflação no estado. Enquanto isso, a recomendação é comparar preços antes da compra, já que algumas revendedoras ainda mantêm estoques com valores mais baixos.
(O estudante de jornalismo Silmar Jacinto é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)
