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Glória Maria relembra caso de racismo que sofreu de um gerente de um hotel

A apresentadora da TV Globo  Glória Maria  deu depoimento nesta sexta-feira (cinco de junho), no programa Globo Repórter, relembrando   um caso de  racismo que havia sofrido. Glória  se recupera de uma cirurgia que fez para a retirada de um tumor cerebral, mas resolveu participar do programa por causa da relevância da  temática do programa, o racismo. A jornalista disse que foi barrada num hotel pelo gerente que lhe falou que negros não entravam naquele ambiente:

“Tenho orgulho de ser a primeira pessoa o Brasil a usar a lei Afonso Arino, que punia o racismo não como crime, mas como contravenção. Fui barrada por um hotel por um gerente que disse que negro não podia entrar. Chamei a polícia e levei esse gerente aos tribunais. Ele foi expulso do Brasil, mas se livrou da acusação pagando uma multa ridícula, porque o racismo para muita gente não vale nada”.

Sobre a morte do segurança americano negro que morreu asfixiado por um policial branco, Glória  disse que suas filhas  chegaram a perguntar  se George Floyd morreu porque era negro:

“Minhas filhas perguntam se ele morreu por que era negro. Eu digo que sim. Eu não sou muito otimista mas acredito que um dia todo mundo vai ser visto como igual. Ninguém vai ser discriminado. Tomara que minhas filhas não precisem viver o que a gente, negro, vive hoje”.

O programa  “Em Pauta”, da Globonews, realizou um debate  sobre racismo  contando  com o comando de Heraldo Pereira e participações das jornalistas Maju Coutinho, Aline Midlej, Zileide Silva, Flávia Oliveira e Lilia Ribeiro, todos os negros. O programa foi muito elogiado pela iniciativa.

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