A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) publicou um vídeo em suas redes sociais solicitando doações via Pix para pagar multas judiciais. O pedido surge após sua condenação pelo STF a 10 anos de prisão e ao pagamento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos, devido à invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. Em sua defesa, a parlamentar afirma não poder pagar os valores sozinha e atribui a condenação a perseguição política.
No mesmo vídeo, Zambelli nega qualquer irregularidade no caso da invasão ao CNJ e ainda menciona outras ações judiciais que enfrenta, incluindo uma condenação por porte ilegal de arma. Além disso, relatou ter pago recentemente uma multa de R$ 44 mil com ajuda da família, que precisou vender um carro para auxiliá-la. Por fim, a deputada reforçou que o pedido de doações é uma forma de resistência contra o que chama de “assédio judicial”.
Quanto ao caso do CNJ, as investigações apontam que o esquema envolveu acesso irregular ao sistema da instituição, com o objetivo de obter informações sigilosas. Vale destacar que a condenação de Zambelli pelo STF foi unânime, reafirmando a gravidade do crime contra a administração pública. Segundo a denúncia da PGR, a deputada teria sido a autora intelectual do ataque, que resultou na inserção de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.
Condenação de Zambelli
De acordo com a a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o hacker Walter Delgatti Neto executou o ataque cibernético sob orientação da deputada. Durante as investigações, Delgatti confessou ter recebido um texto redigido por Zambelli para inserir no sistema do CNJ, além de pagamentos que totalizaram pelo menos R$ 13,5 mil. Por outro lado, as investigações comprovaram que o hacker utilizou credenciais falsas para acessar bancos de dados do Judiciário Federal. Enquanto isso, Zambelli mantém sua defesa, alegando motivação política nos processos contra ela.
