Atualização: motivação da morte de jovem em boate de Anápolis pode ter sido vingança

A morte brutal de Larissa Cristina Nunes da Silva, de 23 anos, pode ter sido motivada por vingança, segundo as investigações da Polícia Civil de Anápolis. A jovem foi espancada até a morte na madrugada da última terça-feira (5), dentro da boate Amor Real, no bairro Calixtolândia I Etapa.
Gleison Cortes dos Santos, de 27 anos, confessou ter armado uma emboscada contra Larissa em retaliação a supostas ameaças que ela teria feito à sua esposa, com quem dividia o ambiente de trabalho.
Durante o interrogatório, Gleison admitiu que contratou duas mulheres, Tainara Santos Silva e Alícia Moisés de Godói, para intimidar a vítima. Ambas participaram ativamente da agressão e relataram que o plano era apenas “dar um susto” em Larissa. No entanto, Tainara revelou que usou um cassetete no ataque. As lesões provocadas foram tão graves que a jovem não resistiu. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a encontraram já sem vida.
Depoimentos revelam detalhes da execução
O laudo preliminar confirmou múltiplas agressões físicas, incluindo ferimentos na cabeça e no tórax, compatíveis com o uso de objetos contundentes. A Polícia Civil prendeu em flagrante Gleison, Tainara e Alícia, mas ainda busca por outros envolvidos. Os policiais já conduziram cinco pessoas à Delegacia de Homicídios. Os investigadores apontam que o crime está relacionado a uma disputa envolvendo garotas de programa, que atuavam na boate.
As câmeras de segurança da boate registraram o espancamento, mas as autoridades ainda não divulgaram as imagens ao público. A Polícia Civil também investiga Gleison por tentar obstruir a justiça, já que ele teria escondido as gravações para impedir que servirem como prova contra o grupo.
Investigação em andamento
A polícia trabalha para identificar a participação exata de cada um dos suspeitos e localizar um sexto envolvido, que estaria presente durante a execução do crime. As idades dos acusados variam entre 23 e 27 anos. A motivação principal gira em torno de rivalidades pessoais, agravadas por desentendimentos no ambiente profissional da boate.
Até o momento, nem os advogados de defesa nem os representantes do estabelecimento se pronunciaram oficialmente. A Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer completamente o caso e responsabilizar todos os autores da agressão que tirou a vida de Larissa.
(A estudante de jornalismo Renata Ferraz é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)