Ministério Público investiga ‘máfia dos atestados’ em Goiás e 21 profissionais já foram afastados
Prefeitura anuncia auditoria após denúncias de irregularidades em licenças médicas
Cerca de 21 mil servidores municipais de Goiânia estão afastados por atestados médicos, sendo 6 mil da área da Educação. O Ministério Público de Goiás (MPGO) investiga irregularidades, incluindo a possível existência de uma “máfia dos atestados”. Há denúncias de médicos vendendo documentos falsos e de servidores licenciados que continuam trabalhando em outros locais. Segundo o prefeito Sandro Mabel, medidas estão sendo tomadas para verificar a situação, incluindo a contratação de uma junta médica terceirizada.
O MPGO confirmou que a 50ª Promotoria de Goiânia apura a má gestão das licenças de saúde no município, com investigações ainda em fase inicial. Enquanto isso, a prefeitura enfrenta dificuldades com a fila de perícias médicas, que chega a 26 mil processos pendentes. Substitutos são contratados para cobrir os afastamentos, o que gera custos adicionais ao município.
A gestão de Sandro Mabel, que assumiu recentemente, anunciou ações para regularizar a situação. Um plano de auditoria está em andamento, com foco em identificar servidores afastados irregularmente e acelerar as perícias médicas. A meta é concluir as perícias no mesmo mês em que os afastamentos são iniciados e corrigir falhas que comprometem o orçamento público.
(A estudante de jornalismo Brenda Magalhães é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)