O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes decidiu nesta terça-feira (26 de maio) ordenar que o ministro da Educação, Abrahan Weintraub, preste depoimento à Polícia Federal em cinco dias. A decisão de Moraes dá-se devido à fala de Weintarub na reunião ministerial do dia 22 de abril com o presidente Jair Bolsonaro. O ministro falou que se fosse por ele, colocaria todos os bandidos na prisão, começando pelo STF.
Alexandre de Moraes proferiu em suas decisão que Weintarub teria cometido pelo menos seis delitos pelo Código de Processo Penal e pela Lei de Segurança Nacional. Um dos crimes que o ministro seria enquadrado pode resultar em prisão de um a quatro anos. No despacho de Moraes, ele também inclui a transcrição da fala em que Weintraub diz que odeia o termo “povos indígenas” e “povos ciganos”.
A fala de Weintraub só foi possível vir a público após decisão do decano do STF, Celso de Mello, que tornou público o vídeo de uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com vários de seus ministros. Esta reunião foi avisada por Sergio Moro que disse que seria a prova que precisava para corroborar com sua fala quando diz que Bolsonaro queria interferir no trabalho da Polícia Federal. Este teria sido o motivo do pedido de demissão de Moro do Ministério da Justiça.
O ministro Abrahan Weintraub não se pronunciou sobre o depoimento até o fechamento deste texto.
