Mitos e Verdades sobre o Câncer de Próstata
Dr. Rodrigo Trivilato desmistifica questões sobre diagnóstico, prevenção e fatores de risco. Entre os principais mitos estão a crença de que a doença acomete apenas idosos, que todos os casos necessitam de cirurgia e que a impotência sexual é um quadro predominante pós cirurgia
O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A estimativa é que um em cada seis homens desenvolva essa condição ao longo da vida. Segundo Rodrigo Trivilato, médico urologista, o grande desafio do diagnóstico precoce é que a maioria dos casos não apresenta sintomas iniciais. Por isso, a recomendação de visitas periódicas ao urologista e a realização de exames preventivos é crucial. “O diagnóstico precoce pode garantir uma taxa de cura de até 90% dos casos, mas, infelizmente, a adesão a exames preventivos ainda é baixa, como mostra a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que aponta que 44% dos homens nunca foram ao urologista. Ainda há muitos mitos relacionados ao câncer de próstata que prejudicam o tratamento de muitos homens”, ressalta o Dr. Rodrigo Trivilato.
Existem muitos mitos que cercam o câncer de próstata e podem confundir ou afastar os homens da prevenção adequada. Há uma grande preocupação dos homens, quanto à possível impotência sexual, após tratamento de câncer de próstata. Dr Trivilato tranquiliza os pacientes e afirma que a doença não está relacionada diretamente à impotência sexual e que, com as novas tecnologias, o risco é mínimo. “Graças aos avanços como a cirurgia robótica, essas complicações têm diminuído, com menor risco de danos permanentes”, afirmou. Ele explica que complicações, pós-cirúrgicas, como a incontinência urinária e a impotência sexual, ocorrem quando, a inervação responsável pela ereção, que passa próxima à próstata é afetada durante a cirurgia.
Um dos equívocos mais comuns é acreditar que a doença só acomete pessoas idosas. “Embora o risco aumente com a idade, há uma prevalência importante entre homens abaixo dos 50 anos, especialmente quando há histórico familiar”, explica Trivilato. Outro mito recorrente é que níveis altos de PSA significam, com certeza, câncer. “Na verdade, o PSA pode estar elevado por outras condições, como inflamação ou trauma, e deve ser combinado ao exame de toque retal para um diagnóstico preciso”, destaca o especialista.
A hereditariedade é um fator que não pode ser ignorado. A presença de parentes de primeiro grau com a doença aumenta o risco de forma considerável. Nesse contexto, homens com histórico familiar devem buscar avaliação médica a partir dos 45 anos.
“É importante desmistificar a ideia de que todos os casos necessitam de cirurgia. Existem tratamentos variados, incluindo vigilância ativa para tumores de baixa agressividade, o que reforça a importância de um plano de cuidado individualizado”, acrescenta Trivilato. O câncer de próstata, em seu estágio inicial, é assintomático, tornando os exames preventivos indispensáveis. Quando os sintomas aparecem, a doença já pode estar em estágio avançado, reduzindo as chances de sucesso no tratamento.
A população negra, conforme estudos, apresenta maior risco e taxas mais altas de mortalidade. “Por isso, a prevenção precisa ser personalizada, levando em consideração fatores raciais, genéticos e estilo de vida”, alerta o médico. Além disso, o impacto do câncer de próstata na saúde sexual, incluindo o risco de disfunção erétil, deve ser acompanhado cuidadosamente. O tratamento para disfunção erétil, quando necessário, é possível e eficaz com orientação adequada.
Quais os principais mitos e verdades
- Quem tem câncer de próstata ficará impotente: mito
- As cirurgias robóticas tornaram as cirurgias de câncer de próstata mais seguras: verdade
- O câncer de próstata é uma doença da terceira idade: mito
- Ter pai, irmão ou tio com a doença aumenta o risco: verdade
- Nível alto de PSA é sinal que tenho câncer de próstata: mito
- PSA baixo é sinal de que não tenho câncer de próstata: mito
- Todos os casos de câncer de próstata precisam de cirurgia: mito
- Homens negros têm maior risco de desenvolver câncer de próstata: verdade.
- A atividade física regular tem um papel relevante na prevenção e no tratamento: verdade
Dr. Rodrigo Alexandre Trivilato
Dr. Rodrigo Trivilato é um renomado urologista que integra a equipe de residência médica de Urologia no Hospital das Clínicas de Goiás e é professor na Universidade de Rio Verde (UNIRV). Atua também no Hospital do Rim e no Hospital Mater Dei Premium, em Goiânia, com especialização em Urologia infantil, cirurgia robótica e andrologia-plástica peniana.
Serviço:
Hospital do Rim: atende diversos convênios
Telefone: (62) 98333-5305 (WhatsApp)
Site:
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