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Modelo negro, casado com um prefeito, sofre ataques homofóbicos e racistas

O modelo negro e homossexual Max de Souza, que é casado com o prefeito de Lins (SP), Edgar de Souza (PSDB), foi vítima de racismo nas redes sociais. O modelo diz que não foi a primeira e nem será a última vez que sofrerá esse preconceito, mas  que continuará  lutando pelo fim da homofobia e racismo no Brasil, sobretudo neste momento em que o mundo inteiro se manifesta  contra o racismo após  a morte do segurança negro americano George Floyd assassinado por um policial branco em Minneapolis (EUA):

“Chega uma hora em que a sociedade exige uma resposta mais dura do Estado. A violência contra os negros aumenta a todo instante, mas os crimes passam desapercebidos, muitas vozes não são ouvidas. A melhor maneira de mostrar que estamos, sim, vendo tudo, é irmos para a rua. Sem violência, na paz.”

O prefeito Edgar Souza  diz que a repercussão que a mídia  deu ao caso de Floyd  foi importante, mas que percebe que no Brasil  esses  atos de preconceito ocorrem de forma mais corriqueira:

“Graças à atenção que a grande mídia tem dado ao assassinato nos EUA, a gente pôde ver o quanto esses atos bárbaros são corriqueiros no Brasil. Infelizmente, eu tenho a impressão de que muitas vezes não causam a mesma comoção aqui. Entretanto, desta vez ficou claro que o caso do (George) Floyd e o do menino Miguel, ou do João Pedro e da Agatha são a mesma coisa: racismo.”

Max e Edgar estão juntos  há dois anos, eles foram apresentados em 2018 por um amigo em comum. Na ocasião, Edgar, 41 anos, diz que  estava se divorciando de seu primeiro marido:

“A gente se conhecia só das redes sociais, eu o seguia no Instagram. Um dia, em uma festa, trocamos beijos e números de telefones, mas não nos falamos mais. Passado um tempo, eu o convidei para vir a um show da Marília Mendonça em Lins, e desde então não nos separamos mais.”

Reprodução.

 

 

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