Motorista dirigia bêbado e em alta velocidade quando matou vigilante em Goiânia

Antônio Scelzi Netto, de 25 anos, dirigia bêbado e em alta velocidade quando atropelou o vigilante Clenilton Lemes, de 38 anos, na GO-020, em Goiânia, concluiu a Polícia Civil (PC). A vítima foi arrastada por mais de 200 metros quando ia para o trabalho.
Em nota, a defesa de Antônio disse que não teve acesso ao relatório policial, não soube os fundamentos científicos usados e que o motorista não foi ouvido. Segundo a delegada Ana Claudia Stoffel, responsável pelo caso, ele foi indiciado por homicídio doloso e embriaguez ao volante.
Sobre a embriaguez do motorista, além do laudo que comprovou que havia álcool no sangue de Antônio, a delegada afirmou que traçou os locais onde ele esteve antes do acidente. Segundo Stoffel, o empresário foi a vários bares com vídeos comprovando os atos dele.
“O código de trânsito é muito tranquilo em dizer que não há necessidade de que seja feito o bafômetro ou exame clínico para comprovação de embriaguez. O inquérito traz essas provas através de imagens e análises dos relatórios, assim como das comandas”, explica a delegada.
Sobre a alta velocidade, apesar de não ter sido possível concluir a velocidade exata que estava o carro, a perita criminal Gyzeli Cristina Xavier explica que o motorista estava em alta velocidade e tinha boa visibilidade da rodovia, que estava devidamente iluminada.
O motorista embriagado que matou o vigilante foi preso horas depois de cometer o crime, porém passou por audiência de custódia e foi liberado. A decisão levou em consideração o fato de ele ter residência fixa, emprego e ser réu primário. Apesar disso, o motorista terá que cumprir algumas restrições e obrigações, como:
- Comparecer a todos os atos processuais para os quais for intimado;
- Manter o endereço de sua residência sempre atualizado na Justiça;
- Permanecer em casa após as 21h no dias úteis;
- Ficar em casa o dia inteiro aos sábados, domingos e feriados.
O caso gerou revolta em todo o estado de Goiás. O fato de ele ser solto após crime revoltou as pessoas, que questionavam que justiça é essa.