O Ministério Público de Goiás (MPGO) intensificou, nesta quinta-feira (18), as ações da Operação Regra Três ao cumprir um mandado de busca e apreensão na Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH). A medida integra os desdobramentos da operação, deflagrada em agosto de 2025, que apura um esquema de corrupção e desvio de recursos públicos.
Durante a diligência, os promotores apreenderam um telefone celular que estava com um delegado da Polícia Civil dentro da própria cela. O investigado já se encontra preso preventivamente e é apontado pelo MPGO como líder da organização criminosa. Ainda assim, conforme os indícios reunidos, ele mantinha comunicação externa de forma irregular, o que motivou a nova intervenção judicial.
Além disso, as investigações indicam que o aparelho era utilizado para contatos fora da unidade policial, inclusive para realizar cobranças a ex-alunos de um instituto de ensino de sua propriedade. Diante desse cenário, a Justiça autorizou a apreensão do celular como forma de preservar a instrução processual e impedir a continuidade das irregularidades.
Em seguida, o Judiciário determinou a transferência imediata do delegado para uma unidade prisional da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP). A medida busca interromper qualquer tipo de contato externo indevido e reforçar o controle sobre o custodiado.
Por fim, a Operação Regra Três investiga crimes como organização criminosa, peculato, contratação ilegal e lavagem de dinheiro, todos relacionados a desvios de recursos públicos. O delegado e outros envolvidos permanecem como alvos da apuração, que segue em andamento e pode resultar em novas medidas judiciais.
(A estudante de jornalismo Renata Ferraz é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Noticias)
