Cidades

Mulher morre um dia após fazer harmonização de glúteos com PMMA

Irregularidades na clínica e substância de alto risco estão sob investigação e médico nega falhas

Adriana Barros Lima Laurentino, 46 anos, morreu em sua casa no Recife um dia após realizar um procedimento estético de harmonização de glúteos com polimetilmetacrilato (PMMA). Segundo boletim de ocorrência, a mulher passou a sentir dores intensas após ser liberada pela clínica Bodyplastia. Ela foi encontrada sem vida pelo filho no banheiro de casa, e o atestado de óbito apontou como causas “choque séptico” e “infecção no trato urinário”. O procedimento custou R$ 11 mil, e a substância usada no preenchimento, embora liberada pela Anvisa, é considerada de alto risco pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

O médico responsável, Marcelo Vasconcelos, afirma que a morte foi uma fatalidade e nega falhas técnicas. Ele alegou que a paciente assinou um termo de consentimento sobre possíveis complicações e não apresentava contraindicações para o procedimento. No entanto, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) constatou irregularidades durante vistoria à clínica, incluindo a ausência de registro profissional do médico no estado e inadequação do local para a intervenção.

A Polícia Civil de Pernambuco investiga o caso como “Outras Ocorrências Contra a Pessoa”. O Cremepe segue com os trabalhos em sigilo processual. Em nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica reiterou sua posição contrária ao uso de PMMA injetável e defendeu seu banimento. Enquanto isso, o médico sustenta que o espaço onde sublocou para realizar os procedimentos atende às exigências necessárias, mas a investigação segue para apurar as responsabilidades.

(A estudante de jornalismo Brenda Magalhães é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)

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