Para não ficar isolado no Congresso, Bolsonaro oferece cargos ao centrão
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenta se aproximar do chamado centrão no Congresso para não ficar isolado e ter problemas na governabilidade. Na última semana, Bolsonaro teve encontros com esses parlamentares que fazem parte do centrão — PP, PL, Republicanos, PTB, PSD e Solidariedade.
Nessas reuniões, integrantes do PP relataram ao jornal Congresso em Foco que o Bolsonaro ofereceu ao partido uma das vice-presidências da Caixa e o comando do Fundo Nacional de Desenvolvimento para Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação com orçamento maior que muitos ministérios – em 2019 foram R$ 55 bilhões.
A mudança de estratégia política dá-se por causa das constantes brigas entre Bolsonaro e antigos aliados como Maia e Alcolumbre. Na semana passada o presidente teve importante derrota no Senado quando o presidente daquela Casa, Davi Alcolumbre, tirou de pauta a MP que estabelecia o contrato verde amarelo, criada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
No domingo (19 de abril), Bolsonaro transmitiu ao vivo por suas redes sociais uma entrevista com o presidente do PTB, Roberto Jefferson, preso por corrupção no processo do mensalão, e que agora diz que Rodrigo Maia quer tirar Bolsonaro da Presidência da República, mesmo sem apresentar provas.