A Polícia Civil desarticulou, nesta terça-feira (16), um grupo suspeito de clonar sites e redes sociais de pousadas de Pirenópolis e aplicar golpes em turistas de todo o país. De acordo com as investigações, a organização criminosa, ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), movimentava cerca de R$ 13 milhões em dois anos e arrecadava, em média, R$ 20 mil por dia com as fraudes.
Segundo a polícia, os criminosos copiavam páginas oficiais e perfis de redes sociais das pousadas e se passavam pelos verdadeiros responsáveis pelos estabelecimentos. Em seguida, quando as vítimas entravam em contato para fazer reservas, o grupo negociava estadias inexistentes e convencia os clientes a realizar pagamentos antecipados, acreditando se tratar de canais legítimos.
Após o depósito ou transferência, os suspeitos rapidamente pulverizavam o dinheiro em contas de terceiros. Na sequência, o grupo submetia os valores a esquemas de lavagem de dinheiro, principalmente por meio de criptomoedas, o que dificultava o rastreamento e a recuperação dos recursos, conforme apontou reportagem da TV Anhanguera.
Ainda conforme a apuração policial, o esquema tinha divisão clara de lucros e funções. Os responsáveis diretos pelos golpes ficavam com 50% do valor arrecadado, enquanto os chamados “tripeiros” recebiam 30%. Já os “laranjas”, que cediam contas bancárias para movimentar o dinheiro, ficavam com os outros 20%. As investigações continuam para identificar novos envolvidos e aprofundar o mapeamento financeiro do grupo.
(A estudante de jornalismo Renata Ferraz é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Noticias)
