Perseguição por ela ser ‘jovem, bonita e bem-sucedida’, diz defesa de suspeita procurada

O advogado da jovem procurada e suspeita de duplo homicídio e tentativa de homicídio alegou que ela sofre perseguição por ser “jovem, bonita e bem-sucedida”. O casal Valter Esteves de Bessa Júnior e Paolla Bastos Neiva também é suspeito de lavar dinheiro do tráfico de drogas e teve R$ 1,5 milhões em bens bloqueados por ordem da Justiça.
Segundo a Polícia Civil, Valter e Paolla cometeram um duplo homicídio em Mato Grosso motivado por disputadas de facções criminosas. Conforme o advogado Welder Miranda, Paolla não conhecia as vítimas e não tinha nenhum dissabor com elas.
Welder Miranda também representa Valter Esteves de Bessa Júnior. No entanto, o advogado disse que, sobre o caso dele, a defesa só vai se pronunciar depois da audiência de instrução e julgamento.
A operação policial que bloqueou o dinheiro do casal e apreendeu uma caminhonete de luxo teve início na terça-feira, 25 de junho,, em Goiânia. A investigação aponta que Valter, conhecido como Valter do Quebra Caixote, tem uma posição elevada dentro de uma facção criminosa do tráfico de drogas.
De acordo com o delegado Rhaniel Almeida, Paolla movimentou cerca de R$ 3 milhões em suas contas bancárias sem ter nenhum tipo de trabalho lícito.
Leia a nota na íntegra da defesa do casal:
O advogado Welder de Assis Miranda, que representa as investigadas, fazendo a defesa de três pessoas: Paolla Bastos, Luzia Bastos e Kethelen Beatriz.
Primeiramente, os fatos apresentados são inverídicos. Paolla não foi no estado do Mato Grosso matar nenhuma das vítimas, nem deu ordem para a consumação do fato.
Em segundo lugar, a defesa informa que no dia do fato em que as vítimas foram mortas, os autores foram homens. Paolla não conhecia as vítimas, nunca tendo tido nenhuma desavença com as mesmas.
Não há filmagem do crime, interceptação em desfavor de Paolla, ou mensagem dando ordem para que as vítimas fossem mortas, pagamento ou promessa de pagamento para que o crime fosse consumado.
Paolla está à disposição do Delegado de Polícia do Mato Grosso e da DENARC para elucidar os fatos, pois não tem qualquer participação direta ou indireta na consumação do fato.
Durante a instrução processual, será demonstrada sua inocência, pois está sendo vítima de perseguição por ser jovem, bonita, empresária e bem-sucedida financeiramente.