Dois homens foram presos em Goiás nessa segunda-feira (11), suspeitos de envolvimento no disparo de tiros que atingiram um menino de sete anos em Aparecida de Goiânia. O crime aconteceu em setembro, no Setor Independência Mansões, durante um confronto entre torcidas organizadas. Um dos suspeitos foi preso na região metropolitana de Goiânia, enquanto o outro foi detido em Caldas Novas, como parte de uma operação do Grupo Especial de Proteção ao Torcedor. Ambos são considerados coautores do atentado.
As investigações indicaram que o ataque foi cometido por João Pedro dos Anjos Soares, que pilotava a motocicleta, e Genilson Rosa Rodrigues, que estava na garupa e disparou contra membros da torcida rival “Força Jovem”. O alvo inicial dos criminosos eram os integrantes dessa torcida, que estavam em frente a uma distribuidora de bebidas, mas os tiros atingiram acidentalmente o rosto da criança, que estava na porta de sua casa com a mãe e o irmão. O menino foi baleado na boca e precisou ser internado, passando por cirurgia para a remoção da bala e a retirada de quatro dentes.
Além da prisão dos suspeitos, a operação policial também resultou na apreensão da motocicleta utilizada no crime. A investigação revelou que os suspeitos tinham ligações com a Torcida Organizada Esquadrão Vilanovense e com uma organização criminosa de atuação nacional. A operação contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos do Futebol (GAE) do Ministério Público de Goiás. O menino passou 10 dias internado no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol), onde foi submetido a cuidados intensivos. A identidade dos presos foi divulgada em conformidade com a Lei nº 13.869/2019, com a Portaria nº 547/2021 da Polícia Civil e com o despacho da Autoridade Policial responsável pelas investigações, visando à possibilidade de identificação de novas vítimas.
(A estudante de jornalismo Brenda Magalhães é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)
