Na manhã desta quinta-feira (25), a Polícia Civil de Goiás (PCGO) desativou uma fábrica clandestina em Trindade, que produzia e comercializava ilegalmente um medicamento vendido como antídoto para picadas de animais peçonhentos.
O produto, chamado “Específico Pessoa”, é apenas para uso veterinário. Mas estava sendo oferecido para consumo humano sem autorização da Anvisa ou comprovação científica de eficácia.
Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), a produção ocorria em um galpão adaptado para esse fim. Durante a operação, os agentes apreenderam mais de 2 mil frascos do medicamento, cada um comercializado por cerca de R$ 50, totalizando um estoque avaliado em mais de R$ 100 mil. O rótulo prometia efeito contra venenos de cobras, aranhas e escorpiões, induzindo os consumidores a acreditarem em um resultado “milagroso”.
Após ser abordado os policiais conduziram o proprietário à delegacia e ele responderá por crimes contra as relações de consumo e falsificação de medicamento. A PCGO informou que a ação faz parte de uma série de operações voltadas à proteção da saúde da população .
Autoridades de saúde alertam para os riscos do consumo humano do produto. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) indica o “Específico Pessoa” apenas para intoxicações em animais. Não há estudos que comprovem segurança ou eficácia em humanos, tornando a ingestão potencialmente perigosa e capaz de provocar reações adversas graves.
(A estudante de jornalismo Renata Ferraz é oriantada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerraso Noticias)
