Cidades

Policial morto atropelado após atirar em empresário estava bêbado, diz exame

Exames toxicológicos comprovaram que o policial civil Thiago Osvaldo, de 37 anos, estava sob efeito de álcool e medicamentos quando realizou uma abordagem no empresário Isaías Bispo dos Santos, na madrugada de 2 de abril de 2023, em Santo André, em São Paulo.

Isaías levou um tiro na cabeça durante a confusão e conseguiu acelerar o carro chegando a atropelar o policial, que morreu. Isaías sobreviveu ao tiro e afirmou, em um vídeo feito logo após o caso, acreditar que seria assaltado pelo policial, achando que este era um bandido.

Por causa da agora constatação da embriaguez do policial, a promotora de Justiça Manuela Schreiber Silva e Sousa pediu, na terça-feira 16, para que a Justiça absolva o empresário pelo homicídio de Thiago.

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Baleado na cabeça, o empresário foi encaminhado ao Centro Hospitalar Municipal de Santo André e sobreviveu ao tiro. Na ocasião, ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por ter como vítima um agente de segurança pública. Ainda internado, ele teve a prisão preventiva decretada pelo TJSP.

Em depoimento à PC, Lucas Rocha, que estava no banco do passageiro da BMW, afirmou que ele e Isaías voltavam da Arena Tatuapé, na zona leste da capital, quando pararam em um semáforo. Ao lado deles, também parou o veículo conduzido pelo policial Thiago Osvaldo, um Chevrolet Camaro.

Os dois teriam elogiado o Camaro, e o policial, irritado com o que interpretou ser um deboche dos jovens, teria sacado a sua arma e perguntado o que ambos “faziam da vida”.

O BMW foi perseguido pelo policial até a Avenida Industrial, próximo a um shopping, já em Santo André.

Foi quando o policial, segundo relatado pelos ocupantes do BMW, desembarcou do Camaro, com uma arma em punho. Ele estava com sinais de embriaguez, ainda de acordo com os dois amigos, que acreditaram se tratar de um assalto. Por isso, Isaías acelerou o carro, provocando o tiro e o atropelamento fatal.

A defesa de Isaías afirmou ter trabalhado desde o início do caso para comprovar a inocência do empresário.

“A documentação acostada no processo pela defesa, bem como laudos solicitados e audiência realizada, foram determinantes para o convencimento da Ilustre Promotoria”, diz trecho de nota dos advogados Reinalds Klemps e Rebecca Sartori.

Ambos acrescentam aguardar “pela sentença de absolvição do acusado” para que ele “possa seguir a sua vida em paz com a sua família”.

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