“Princesinha do crime” volta a Goiás após extradição e vira alvo de investigação

Franciele Paiva, conhecida como a “princesinha do crime”, desembarcou em Goiânia após ser extraditada de Portugal. Segundo a Polícia Civil de Goiás, ela mantinha uma vida dupla: corretora de imóveis e produtora de conteúdo adulto na internet, mas também suspeita de atuar na lavagem de dinheiro de uma facção criminosa goiana, aliada do PCC.
As autoridades apreenderam a jovem em maio, em Lisboa, enquanto ela curtia férias pela Europa. Fotos em pontos turísticos, que exibiam um padrão de vida de luxo, levantaram suspeitas sobre a origem dos recursos. A operação para capturá-la mobilizou a Interpol, a Polícia Federal e a Polícia Civil de Goiás, e resultou na prisão preventiva da suspeita. Antes da extradição, Franciele ficou quatro meses em uma penitenciária portuguesa.
De acordo com as investigações, Franciele teria usado empresas e contas bancárias para movimentar valores provenientes do tráfico de drogas. A Polícia Civil afirma que a facção “Amigos do Estado”, braço aliado do PCC no Centro-Oeste, lavava os recursos. O caso representa um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro investigados no estado.
Por outro lado, a defesa de Franciele nega qualquer envolvimento com o crime organizado. A modelo sustenta que sua renda provém exclusivamente da produção de vídeos adultos e de comissões de vendas imobiliárias. Segundo ela, o luxo exibido nas redes sociais não passa de “aparência” e não tem ligação com atividades ilícitas.
Agora, em solo brasileiro, Franciele responderá às acusações em liberdade monitorada. As investigações continuam, e a Polícia Civil busca rastrear as movimentações financeiras e identificar outros possíveis integrantes do esquema.
(A estudante de jornalismo Renata Ferraz é orientada, pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Noticias)