Política

Vereador de Aparecida propõe declarar Lula persona non grata na cidade

Na segunda semana de atividades, a Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia deve iniciar a discussão do Projeto de Decreto Legislativo nº 008/2025, que, se aprovado em plenário e sancionado pelo prefeito Leandro Vilela (MDB), declarará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva persona non grata no município.

A proposta, encaminhada à imprensa pela assessoria do vereador Dieyme Vasconcelos (Partido Liberal), apresenta críticas à gestão petista. Entre os argumentos estão o aumento de 400% nos casos de dengue – com mais de 5.950 mortes –, a queima de 20,9 milhões de hectares no país, conforme dados do MapBiomas, um déficit de R$ 3,3 bilhões nas estatais federais, relações diplomáticas com a Venezuela e os efeitos da inflação acumulada em 2024, que elevou os preços de alimentos e combustíveis.

Em seu primeiro discurso após tomar posse, realizado em 4 de fevereiro, Dieyme criticou o governo Lula e exigiu compromissos, como a redução dos preços da picanha e dos combustíveis. Ele também enalteceu a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou seu compromisso em ser uma voz anticorrupção em Aparecida de Goiânia. “Na minha opinião politicamente ninguém deve andar com esse governo corrupto”, afirmou.

Em entrevista ao Portal Notícias Goiás, o vereador destacou o objetivo do projeto para a população: “Quero levar conhecimento e reflexão aos aparecidenses da realidade do governo brasileiro”. Questionado sobre possíveis impactos institucionais na relação com o governo federal – especialmente nas áreas de Habitação e Finanças – ele comentou: “Acredito que não, os projetos já estão em andamento (na Habitação). Sobre o empréstimo do Brics, o município não estava com as certidões em dia, agora o prefeito Leandro está organizando a casa”.

Dieyme também ressaltou a histórica dependência de recursos federais na administração municipal, mencionando a relação entre os governos de Lula e Dilma e as gestões anteriores, como as de Maguito Vilela (MDB) e Gustavo Mendanha (MDB). “O município ou prefeito não consegue viver sem recursos federais, isso é institucional. Cada um define com quem quer andar, na minha opinião politicamente ninguém deve andar com esse governo corrupto”, ponderou.

A pauta promete agitar os trabalhos legislativos e instigar debates sobre as relações institucionais e os rumos da política local.

(A estudante de jornalismo Renata Ferraz é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)

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