Política

PF descobre que membros da Abin Paralela discutiram “tiro na cabeça” de Moraes

Investigações da Polícia Federal (PF) sobre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no caso da chamada Abin paralela, usada para espionar autoridades e desafetos políticos no governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL), apontam diálogo entre dois policiais, que sugerem dar “tiro na cabeça” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A conversa aconteceu em 2021, e, segundo a PF, revela uma discussão sobre supostas ações contra o magistrado, que era diuturnamente criticado por apoiadores do ex-presidente.

De acordo com a corporação, um dos investigados, que é apontado como policial, chama Moraes de “careca” e diz que ele está “merecendo algo a mais”. Em resposta, um militar do Exército fala sobre “7.62”, referindo-se ao calibre de uma munição.

Na sequência, um dos envolvidos usa o termo inglês “headshot”, que significa “tiros na cabeça”. Esta conversa, ainda de acordo com as investigações da PF, seria acerca das ações de Moraes.

Além desse episódio, as investigações tocadas pelos federais trouxeram à tona também inúmeros casos de espionagem contra autoridades dos três poderes, algumas inclusive alinhadas ao bolsonarismo, que passaram o dia se manifestando sobre o método criminoso empregado pelo antigo presidente para monitorar adversários e aliados.

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