Vídeo: homem fica pelado em abordagem da PM em Goiás

Um homem foi preso após tirar toda a roupa durante uma abordagem policial em Luziânia, Goiás, no domingo 1º. Segundo a defesa dele, o rapaz sofre de transtornos de saúde mental e estava em surto.
O caso foi filmado. No vídeo, o homem, que está acompanhado de outro rapaz, demonstra estar alterado. A situação se agrava quando ele se recusa a obedecer às ordens e passa a proferir ofensas aos soldados da Policia Militar. O outro abordado segue parado com as mãos nas costas, sem reagir.
A princípio, de acordo com os PMs, a abordagem tinha a intenção de averiguar se a dupla portava armas. Revoltado, o homem começou a retirar as roupas no meio da rua, diante de diversos populares que o defendiam gritando que ele nada portava. No vídeo, é possível ver que um PM manda ele se vestir novamente. Com a recusa, é algemado e detido por desacato.
Resistindo à prisão, o homem é colocado à força na viatura. Segundo os militares, ele desferiu chutes contra um dos policiais e tentou fugir. Durante a tentativa de prendê-lo, ele lesionou o próprio dedo ao colocar a mão na porta do camburão, segundo os PMs.
Na DP, se recusou a fornecer seus dados, sendo necessário que a irmã comparecesse ao local para identificá-lo. Posteriormente, ele foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML) para exame de corpo de delito e, depois, a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para tratar do ferimento no dedo, sempre acompanhado de familiares.
Segundo o advogado Denis da Costa Meireles, secretário-geral da subseção de Luziânia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), responsável pela defesa do rapaz, o homem apresenta graves problemas psiquiátricos e psicológicos.
“Neste momento em que aconteceu esse fato ele estava em surto psicótico”, disse. “Toda e qualquer fala dele deve ser anulada no processo, porque ele estava em surto psicótico. Ele não estava em sã consciência.”
O advogado acrescenta que seu cliente começou a ter problemas quando fez uma denúncia de violência policial, há cerca de dois anos. Desde então, afirma ser perseguido. “Ele era uma pessoa sadia, amável, tranquilo. Essa perseguição que desencadeou esse problema psiquiátrico”, explicou.