Senador da República, Vanderlan Cardoso se comporta como um jovem teimoso, obstinado a abraçar o mundo mesmo sabendo que a missão é impossível. Ele quer — mais uma vez — disputar a prefeitura de Goiânia. O que tem de errado nisso? Nada, claro! Mas, vejam bem, caros leitores, Vanderlan também se comporta como um político de direita, portanto o momento pede prudência e juízo. Ou bom senso.
Tivemos pesquisas recentemente mostrando o deputado federal Gustavo Gayer na dianteira nessa corrida eleitoral para a prefeitura da capital. O momento é dele. E digo momento com ênfase no sentido de que política é momento. Até outro dia, Lula da Silva estava preso; hoje ele é presidente da República — por exemplo. Dito isto, não há outro nome melhor que o de Gayer para disputar a eleição representando a direita. Vanderlan sabe disso, mas é… teimoso, pelo menos está sendo.
Uma pesquisa do Instituto Futura Inteligência mostrou que Goiânia é a capital mais à direita do Brasil. Na eleição presidencial, em 2022, em Goiânia, Jair Bolsonaro teve mais votos que Lula. Dos votos válidos, Bolsonaro teve 63,95%; Lula, 36,05%. Uma vantagem do ex-presidente descomunal. Não precisa dizer muito, né, Vanderlan? Se o senador é mesmo de direita, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, alinhado com os evangélicos goianienses, ele deveria apoiar Gustavo Gayer e deixar de ser renitente com essa vontade de ser prefeito a todo custo.
Vanderlan e Gayer tiveram algumas situações de animosidade, claro, e isso faz parte de qualquer relação humana. E na política não seria diferente. É hora de olhar para trás e apagar o passado, porque a eleição é o futuro. E Vanderlan precisa mostrar madureza, chamar Gayer às falas para dizê-lo que é hora de união entre a direita goianiense.
Demostrando categoria política e provando que é um político de direita, evangélico e conservador, Vanderlan deve ir de Gayer em outubro de 2024. Com isso ele vai ganhar força num campo ideológico que pode retribuí-lo com um passo à frente nas eleições de 2026, para o governo de Goiás, cargo que Vanderlan não esconde de ninguém que tem o sonho de exercê-lo. Mas é um sonho futuro que depende do passado.
