Senador Canedo viveu uma manhã agitada nesta quinta-feira (28). A Polícia Federal deflagrou uma megaoperação que investiga um esquema bilionário do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis.
Ao todo, os agentes cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em empresas ligadas ao comércio, produção e distribuição de combustíveis na região, considerada um dos principais polos petrolíferos de Goiás.
A ação expôs contradições no discurso do governador Ronaldo Caiado, que sempre afirmou não existirem facções criminosas atuando no estado. Além disso, ele se posicionou contra o projeto do Governo Federal que buscava integrar as forças de segurança estaduais à União no enfrentamento ao crime organizado. Agora, diante da operação, a sociedade questiona qual será a postura do governador.
Segundo a investigação, o grupo criminoso responde por uma série de delitos: adulteração de combustíveis, crimes ambientais, fraude fiscal, estelionato, lavagem de dinheiro e manipulação de preços. Os cálculos apontam que a fraude provocou prejuízo de aproximadamente R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais.
De acordo com a Polícia Federal, o esquema utilizava a importação irregular de metanol, desviado do Porto de Paranaguá (PR) com notas fiscais falsas. O produto seguia clandestinamente para distribuidoras e postos em diferentes estados, inclusive em Goiás. Altamente tóxico e inflamável, o metanol servia para adulterar combustíveis, ampliando os lucros da organização e trazendo prejuízos diretos aos consumidores.
(A estudante de jornalismo Renata Ferraz é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)
