Cidades

Sobe para 59 o número de vítimas de feminicídio em Goiás em 2025

Alta nos casos reforça alerta sobre a violência de gênero e a necessidade de medidas eficazes de prevenção no estado

O número de casos de feminicídio em Goiás chegou a 59 ocorrências em 2025, segundo levantamento que reúne mortes de mulheres motivadas por violência de gênero no estado. Em 2023 e 2024, o estado registrou 56 casos, o que evidencia a persistência desse tipo de crime. Em Goiás, 47,1% das mulheres vítimas de homicídio doloso morreram em contextos de feminicídio. A taxa estadual é de 1,5 feminicídios a cada 100 mil habitantes, índice que coloca Goiás na 13ª posição do ranking nacional, em empate com outros estados.

O caso mais recente envolve Natali Vieira Batista, de 33 anos, assassinada a facadas dentro da casa de familiares, na Vila Montecelli, após uma discussão com o companheiro. Segundo informações preliminares, o casal chegou ao local exaltado e iniciou agressões físicas. Natali tentou se refugiar no interior do imóvel, mas o agressor a seguiu e desferiu os golpes de faca. Após o crime, o suspeito fugiu, mas a Polícia Militar o localizou e prendeu em uma kitnet no Setor Cândida de Morais. A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio.

Outros casos recentes

Entre os episódios que marcaram o ano, um crime registrado no fim de novembro gerou grande repercussão. Um ex-companheiro matou uma mulher a tiros em uma distribuidora de bebidas, no interior do estado. De acordo com a polícia, a vítima havia solicitado medida protetiva dias antes do crime, mas o agressor a assassinou à queima-roupa.

Outro crime ocorreu em Goiânia, quando um ex-namorado matou uma jovem dentro de um condomínio residencial. O suspeito chegou a confessar o homicídio em vídeo, ao afirmar que não sabia o que o levou a cometer o crime. As autoridades classificaram ambos os casos como feminicídio.

Especialistas e entidades de defesa dos direitos das mulheres destacam que os números reforçam a urgência de políticas públicas mais eficazes, além do fortalecimento das redes de proteção e do acompanhamento rigoroso das medidas judiciais concedidas às vítimas.

As autoridades orientam que mulheres em situação de ameaça ou violência denunciem os casos pelos canais oficiais, como o Disque 180, delegacias especializadas e a Polícia Militar, para que o poder público adote medidas preventivas antes que novos crimes ocorram.

(A estudante de jornalismo Ana Claudia Venceslau é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)

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