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Tensão diplomática entre Brasil e Venezuela

Convocação do embaixador venezuelano reflete críticas de Celso Amorim

A recente convocação do embaixador venezuelano no Brasil para consultas evidencia as crescentes tensões nas relações diplomáticas entre os dois países. Essa ação da Venezuela foi uma reação às críticas do assessor especial de Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, sobre a situação política interna do país. A decisão de chamar o embaixador ressalta a inquietação da Venezuela em relação ao que considera uma intromissão em seus assuntos soberanos, o que pode agravar ainda mais as já delicadas relações bilaterais.

A retórica utilizada pelo governo venezuelano, que descreveu Amorim como um “mensageiro do imperialismo norte-americano,” evidencia o tom crítico da resposta às declarações do assessor brasileiro. A caracterização das palavras de Amorim como “grosserias” pelo governo venezuelano indica a sensibilidade do país em face de críticas externas, especialmente quando vêm de figuras de destaque. Essa situação pode comprometer futuras iniciativas diplomáticas entre os dois governos.

Durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, Amorim afirmou que as autoridades venezuelanas estavam “acusando injustamente” o Brasil de obstruir a entrada da Venezuela no BRICS. Ele explicou que o Brasil aceitou a inclusão de Cuba, mas não da Venezuela, e expressou sua esperança de que o mal-estar atual se dissipasse conforme as condições se normalizassem, vinculado esse processo à situação eleitoral da Venezuela. Amorim também deixou claro que o Brasil não reconhece o processo que resultou na reeleição de Nicolás Maduro.

(A estudante de jornalismo Brenda Magalhães é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)

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