A manhã desta sexta-feira (5) foi marcada por tensão na Câmara Municipal de Anápolis. Uma mulher identificada como Vanusa passou mal após ingerir veneno dentro do prédio e foi rapidamente socorrida. Segundo informações apuradas no local, ela chegou cedo, permaneceu escondida no banheiro e, em seguida, tentou tirar a própria vida. Seu estado de saúde ainda não foi divulgado pelas autoridades.
O episódio ganhou ainda mais repercussão porque ocorreu poucos dias depois de Vanusa registrar um boletim de ocorrência envolvendo a vereadora Seliane da SOS (MDB). De acordo com o relato prestado à polícia, a denunciante afirma ter sido pressionada a realizar compras, transferências bancárias e até contratar um empréstimo em nome da parlamentar. Além disso, ela relata ter sofrido ameaças e constrangimentos após se negar a cumprir as supostas solicitações.
Para reforçar as acusações, Vanusa informou que um assessor da vereadora teria repassado R$ 3,8 mil a ela, valor que, segundo a denúncia, estaria relacionado às práticas irregulares mencionadas. A partir do registro, o caso começou a ganhar atenção dentro e fora da Câmara, aumentando o clima de tensão nos bastidores políticos da cidade.
Diante das acusações, Seliane negou todas as alegações. Em nota divulgada nesta sexta-feira, a vereadora afirmou que a ex-assessora tem feito declarações falsas e adotado comportamentos que estariam prejudicando o trabalho no gabinete. Além disso, ela reiterou que Vanusa esteve na Câmara nesta manhã e, antes de ser atendida, fez ameaças de automutilação.
Enquanto a Polícia Civil investiga o caso, o episódio levanta debates sobre relações de trabalho, pressão psicológica e responsabilidade nas estruturas públicas. A Câmara, por sua vez, informou que acompanha a situação e aguarda as conclusões das autoridades competentes.
(A estudante de jornalismo Renata Ferraz é orientada pleo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Noticias)
