O Tribunal de Justiça de Goiás confirmou, por unanimidade, a decisão da juíza Placidina Pires, que rejeitou a denúncia do Ministério Público (MP) no âmbito da operação ‘Metástase’. A operação investigou possíveis desvios no Ipasgo em parceria com o Ingoh, um dos maiores bancos de sangue do Brasil. Durante a operação, houve apreensão de bens como aeronave, obras de arte e carros de luxo, mas o TJ-GO considerou que não havia justificativa suficiente para a acusação.
A defesa, representada pelo advogado Pedro Paulo de Medeiros, argumentou que não havia indícios razoáveis de irregularidades nas ações dos funcionários do Ipasgo e do Ingoh. O inquérito civil-público relacionado ao caso também foi arquivado a pedido do MP, que concluiu pela ausência de provas suficientes para continuar com a investigação.
A operação Metástase foi deflagrada em 2019 e investigava crimes de organização criminosa, fraude a licitação e peculato, com um valor total sequestrado que ultrapassava os R$ 102 milhões. A acusação envolvia irregularidades em um contrato de prestação de serviços do Ipasgo com o Ingoh, particularmente no tratamento de pacientes com câncer.
A juíza Placidina Pires destacou que as irregularidades imputadas aos denunciados ocorreram ao longo de cinco anos, mas sem fornecimento de dados detalhados, como prontuários médicos ou outros documentos que justificassem as acusações.
(O estudante de jornalismo Silmar Jacinto é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)
