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Vereador Fabrício Rosa rejeita auxílio-representação e critica medida aprovada pela Câmara

Vereador critica benefício e propõe destinação de recursos para políticas públicas

O vereador Fabrício Rosa (PT) oficializou, nesta quarta-feira (8), sua recusa ao auxílio-representação, benefício aprovado pela Câmara Municipal de Goiânia no final de dezembro de 2024. O bônus, equivalente a um terço do salário dos vereadores – cerca de R$ 7 mil –, foi incluído como uma emenda “jabuti” durante a reforma administrativa do prefeito Sandro Mabel. Para Rosa, a aprovação do benefício é incoerente diante das dificuldades financeiras enfrentadas pela população e dos desafios administrativos da cidade.

Em ofício enviado ao presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), o parlamentar destacou que a decisão de rejeitar o auxílio reforça sua postura crítica à medida. “Os vereadores já possuem cota parlamentar de R$ 15 mil e um salário de R$ 20 mil. Não é justificável criar um bônus adicional, ainda mais por meio de uma emenda desconectada do texto principal”, afirmou em entrevista ao Portal Cerrado Notícias. Em discurso, Fabrício Rosa mencionou a falta de insumos básicos nas unidades de saúde, vagas insuficientes em creches e a ausência de projetos sociais como razões para sua oposição. Ele também classificou a criação do auxílio como uma manobra política para evitar o desgaste de discutir um aumento salarial diretamente.

Rosa reforçou que não aceitou o auxílio por questões de coerência e rejeitou utilizar o valor para caridade, argumentando que tal atitude seria populista. “O correto é que o Legislativo devolva o recurso ao Executivo, para que ele invista em políticas públicas estruturantes”, declarou. Ele acrescentou que sua postura vai além de um gesto individual, buscando pressionar a Câmara a repensar iniciativas que priorizem benefícios próprios em detrimento das demandas mais urgentes da população.

(A estudante de jornalismo Brenda Magalhães é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)

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