Cidades

Vídeo: homem negro é espancado pela PM-DF porque seria negro, dizem testemunhas

Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra dois policiais militares agredindo um morador de rua, de 30 anos, em um estacionamento de um supermercado em Planaltina, a 50 km de distância do centro de Brasília. As imagens foram gravadas na segunda-feira (primeiro de junho) por volta de 22h. O advogado  que atende à vítima das agressões informou que ele  sofreu uma lesão na clavícula, no crânio e diversas escoriações pelo corpo. Nas imagens os policiais  dão vários  golpes  no homem que apenas chora, grita de dor e pede  para os policiais pararem.  O caso é investigado pela 16ª Delegacia de Polícia Civil. Testemunhas  dizem que os  policiais  agrediram o homem porque ele  seria negro e não poderia estar no supermercado.

Ao UOL, o rapaz  que gravou o vídeo disse que o homem já estava na porta do supermercado quando de repente os militares já chegaram espancando-o.

“Tinha família lá, cheio de criança vendo isso. Ele era o único negro no local, além de mim. Negro pobre, morador de rua. É muito despreparo da polícia. É um sentimento de impotência tão grande. Fiquei paralisado. Poderia ser meu avô, meu tio ou eu. Somos todos negros”.

Em nota a PMDF informou que não houve racismo, apenas excesso:

“Não há que se falar em atitude racista, mas de excesso na ação policial. A PMDF informa que foi instaurado IPM (Inquérito Policial Militar). As filmagens foram recolhidas como objeto de investigação”.

De acordo com Anderson Tiago Campos, a vítima é vendedora e foi ao supermercado fazer compras com o dinheiro do auxílio emergencial e acabou sendo agredida pelos policias:

“Ao sair, ele foi abordado pelos policiais que já o agrediram. Ele foi ao hospital, fez exames no IML e registrou boletim de ocorrência. A vítima conta que foi solicitada que ela colocasse as mãos na parede. Foi feito busca pessoal, porém não encontraram nenhum ilícito. Após isso um dos policiais desferiu um soco na costela da vítima, disseram para ele calar a boca, deram socos da cabeça e golpes de cassetete nas costas e braços”.

 

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