Um grupo de religiosos contra o aborto foi à frente de hospital se manifestar contra a decisão da justiça que autoriza uma menina de 10 anos a realizar um aborto. A criança era estuprada pelo tio desde os 6 anos. Hoje, com 10 anos, acabou engravidando vítima desse crime. O grupo tentou invadir o hospital e agredir os profissionais daquele local. A polícia precisou ser acionada para garantir a segurança da equipe de saúde.
A menina mora com a vó no Espírito Santo, ela teve a anuência da justiça para fazer o procedimento da interrupção da gravidez em seu estado, mas um hospital de lá se negou a realizar alegando que o período de gestação da criança estava muito adiantado. Com isso, a justiça encaminhou a vítima para outro hospital, em Recife, com estrutura adequada para a realização do aborto.
Após a extremista Sara Winter, que já pertenceu ao Ministério dos Direitos Humanos, divulgar dados da criança e do hospital, vários fanáticos religiosos (segundo profissionais do hospital) foram à porta desta unidade de saúde com o objetivo de impedir o procedimento autorizado pela justiça.
Sara Winter já foi presa após decisão do STF e é investigada, a extremista está impedida de usar as redes sociais, mas fez as divulgações exibindo dados da criança usando um perfil de outra pessoa.
A legislação brasileira permite o aborto nesta condição sofrida pela criança — o aborto.
