Preso à política do século XX, ‘Miza’ caminha ao ostracismo político e aniquila sua volta à Alego

Sargão é um sujeito que viveu Antes de Cristo. Considerado o pai da ditadura e, também, um dos primeiros a usar a autopropaganda. Tais idiossincrasias deram-no o título de político famoso, ou, seria hoje, o ‘político tiktoker’. Na vida, tudo depende do tempo que estamos.

Esse preâmbulo foi necessário para sairmos de Sargão e chegar a Senador Canedo, ou melhor, a chegar ao ex-prefeito daquela cidade Misael Oliveira. O político anda sumido, entre as lideranças políticas canedenses a conversa é que Miza, como é carinhosamente chamado por alguns, já não existe mais politicamente.

Para chegar à tal conclusão, é preciso voltar algumas casas. Por exemplo, depois que Misael deixou, em definitivo o governo Pellozo lá nos meados de janeiro, ele ficou mais ausente aos olhos do canedense do que nota de R$ 200. E político que não é visto, não é lembrado, certo? Misael parece que não aprendeu isso. Ele saiu da Prefeitura de Senador Canedo para ocupar um cargo na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e, acredite!, focar sua incumbência de voltar a ocupar uma vaga de deputado estadual, de lá para cá não foi mais visto. Se a estratégia de Miza era ser esquecido, ele conseguiu tal intento.

Pois bem, Misael é impaciente? É. É inteligente? É também. Mas parece que ele está preso à política do século XX, que não tem mais espaço hoje. Por isso ou ele muda para o mundo digital ou ficará perenemente no mundo analógico, que não é bom para ninguém.

Misael Oliveira não soube aproveitar o momento político. Ele deveria estar numa gestão bem avaliada, um prefeito Pellozo bem avaliado e articulando sua pré-candidatura nesse grupo, porém preferiu o caminho mais difícil e árduo. Escolheu errado? Parece que sim. A menos de 11 meses das eleições, ele vai conseguir reverter tal erro? Mui difícil.

Dizer que Misael Oliveira é uma carta fora do baralho, para usar uma expressão antiga, é um certo exagero, mas que ele caminha a longos passos para o ostracismo político, isso é uma verdade absoluta.