Em depoimento à Polícia Federal, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, confirmou que foi feito pelo menos uma substituição no comando da segurança do presidente Jair Bolsonaro no mês de março, ou seja, antes da reunião ministerial de 22 de abril. A informação foi revelada pelo jornalista Rubens Valente, do UOL, na tarde desta terça-feira (23 de junho).
A fala do general Heleno prejudica a estratégia de defesa do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que investiga uma suposta interferência de Bolsonaro na PF, como denunciou o ex-ministro Sergio Moro. Jair Bolsonaro e a Advocacia Geral da União haviam dito que, ao se referir na reunião ministerial de 22 de abril sobre trocas no Rio de Janeiro, o presidente, na verdade, referia-se à segurança de familiares e amigos, não sobre a Superintendência da PF.
Porém com esta confirmação de Heleno, de que a substituição da chefia ocorreu normalmente, em março, enfraquece o argumento de Bolsonaro.
Após a divulgação da coluna de Rubens Valente, no final da tarde de hoje, nem o presidente Jair Bolsonaor e nem o ministro Augusto Heleno explicaram a situação.
