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Após Deltan pedir pra sair, procuradores da Lava Jato de SP também pedem demissão

Os procuradores da República que atuavam na Lava Jato de São Paulo pediram demissão coletiva  ao Conselho Superior do Ministério Público nesta quarta-feira (2 de setembro). Em nota, os procuradores  alegaram que Viviane de Oliveira Martinez, chefe deles  na operação em SP, criava óbices no andamento das investigações.

Em documento, os  7 procuradores disseram que Viviane resistia às investigações  em curso da operação:

“Em reunião realizada em abril deste ano, a Procuradora da República Viviane começou a mobilizar um discurso no sentido de que teria divergências quanto aos critérios de conexão que vinham sendo aplicados. E com isso, passou a opor resistência ao aprofundamento de investigações em curso, argumentando que lhes faltaria uma “conexão processual forte.”

Ainda de acordo com os procuradores, Viviane pedia para que não ocorresse mais colaboração premiada:

“Chamou atenção o fato de que a Procuradora indicou que não queria que fossem mais instaurados novos feitos extrajudiciais vinculados ao 5º Ofício, e que não deveriam ser realizadas mais tratativas de acordos de colaboração premiada e de leniência, antes de solucionar os crimes e ilícitos que já foram delatados.”

O procurador Deltan Dallagnol, que era o coordenador da Lava Jato, também pediu demissão esta semana. Ele alegou que precisava cuidar de assuntos de saúde de sua filha e que por isso teria de deixar os trabalhos na  operação.

As saídas, tanto de Dallagnol  como dos demais procuradores de São Paulo, ocorrem num momento de tensão entre a Força Tarefa da Lava Jato e do  Procurador-Geral da República, Augusto Aras. Este  queria ter acesso a toda documentação da operação, já que ele é o chefe do Ministério Público, no entanto os procuradores  da Lava Jato criaram óbices no repasse destas informações  alegando que isso seria arriscado para o andamento da operação.  A briga entre eles foi parar  no STF, e o ministro Edson Fachin expediu uma decisão que favorece ao pedido dos procuradores da Lava Jato.

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