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Atividade física pode prevenir e combater o câncer, explica especialista

Comemorado em 5 de agosto, o Dia Nacional da Saúde tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da educação sanitária e sobre aderir a um estilo de vida mais saudável. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que, além dos benefícios para saúde em geral, fazer alguma atividade física reduz o risco de desenvolver tumores malignos. Mais da metade dos casos dessa doença são evitáveis com a adoção de dois hábitos simples: estilo de vida saudável e exames preventivos.

Por ano, no Brasil, são esperados 704 mil novos diagnósticos de câncer para cada ano do triênio 2023-2025, ainda de acordo com estimativas do INCA. Em Goiás, a estatística também é alarmante. Neste ano, estima-se que haverá mais de 25 mil casos de neoplasias, somando mais de 76 mil ocorrências ao longo de três anos. Os tipos mais comuns, sem considerar os tumores de pele não melanoma, são os de mama, nas mulheres, e o de próstata, nos homens.

Um estudo da American Cancer Society e do National Cancer Institute aponta que a prática regular de atividade física está relacionada a um risco menor de 13 tipos de câncer: mama, cólon, endométrio, esôfago, fígado, estômago, rim, leucemia mieloide, mieloma, cabeça e pescoço, bexiga, reto e pulmões.

Segundo os especialistas da área médica, é altamente recomendável não somente a prática de atividades físicas, mas também adotar uma alimentação saudável para manter a saúde em ótimas condições. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal seria dedicar 50 minutos por semana para a prática de exercícios. Ser ativo contribui significativamente para um melhor desempenho das funções diárias.

A Rúbia Lopes, especialista em oncologia clínica no Cebrom Oncoclínicas, compartilha sua visão sobre a relevância da data.

“O que tem o câncer a ver com o Dia Nacional da Saúde? Absolutamente tudo. Muito tem-se falado no impacto do estilo de vida e o surgimento da condição. Sabemos que vários fatores externos, como tabagismo, poluição, radiação ionizante, obesidade, consumo de bebida alcoólica e compostos nitrogenados, dentre outros, podem ser gatilhos para o aparecimento da neoplasia”, afirma a oncologista.

Existem evidências científicas de que a atividade física protege contra o desenvolvimento desse tipo de patologia, atenua sintomas e eventos adversos relacionados e aumenta a sobrevida e a qualidade de vida de seus sobreviventes. “A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em parceria com a Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS) e com o INCA, emitiu um documento que reúne evidências científicas mais recentes sobre a atividade física para a prevenção da doença, assim como para a redução da mortalidade geral e específica por câncer em adultos e idosos (18 ou mais anos)”, ressalta a especialista.

“Um paciente em tratamento oncológico pode e deve se exercitar se tiver condições clínicas para isso. A atividade física melhora o limiar de dor, mantém os músculos ativos e protege contra quedas. De forma geral, beneficia a qualidade de vida do ponto de vista físico e emocional. No entanto, é importante que essa decisão seja tomada em conjunto com a equipe assistente, para que seja indicado o melhor exercício e sua periodicidade”, finaliza a médica.

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